domingo, 21 de outubro de 2012

Trade off.

Disseram-me um dia desses que viver sozinho não é uma questão de escolha, estaríamos então, alguns de nós, fadados a vivermos sós por pura coincidência da vida? E essa vida que nós construímos a cada dia, seria ela uma estrada por onde destinos passam, sem parar, dependendo, puramente, da sorte ou do azar, ter o destino que segue sozinho?
Eu acho que não, tudo em nossa vida é medido dentre escolhas mais plausíveis para que enfrentemo-la de modo mais satisfatório para nós, nenhum ser humano faz uma escolha que vá agredi-lo, ou que vá feri-lo, e se faz, sempre pensa que opções melhores virão.
Nenhum ser humano vive sozinho por puro azar – ou sorte – do destino, as escolhas que fazemos medem o grau de teias de interdependência que nós queremos criar, tudo depende para onde, quando e quem se está olhando, não é questão de destino, é trade-off.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Universidade Pluralista não dogmática.

Assistindo a palestra do Prof. Dr. Delton Meirelles coordenador do curso de pós-graduação em Sociologia e Direito da UFF tive alguns muitos insights quando ele diz que a academia tem perdido alunos para cursos preparatórios para concursos públicos, o que é uma pena. A graduação tem, cada vez mais se tornado, não só no Direito - como aluno de Gestão de Políticas Públicas posso dizer isso com muita ênfase - um curso que atende às vontades daqueles que buscam carreira executiva, que buscam a conquista de um concurso público, mas, seria realmente esse o verdadeiro interesse público das universidades? Os pesquisadores, que em nosso país, diga-se de passagem, são fantásticos, perdem espaço em um mundo que somente reproduz e dificilmente propõe algo novo, com cursos quase técnicos, que formam uma mão-de-obra que visa atender à demanda por trabalhador qualificado a qual procura aquele que se encaixa como uma palavrinha em um jogo de palavras cruzadas, sei lá, às vezes penso estar no lugar errado e no lugar certo, ao mesmo tempo. Encantei-me pela pesquisa, como muitos dizem é um caminho sem volta, apaixonei-me pela eterna busca de conhecimento e me vejo trancado numa bolha que visa me doutrinar para atender esse mercado com altos salários e carreiras mega promissoras, não que isso não seja legal, é legal para quem quer, eu não quero, e por não querer, devo buscar para além da graduação meios que me proporcionem ser mais amplo, sair da bolha, sair da doutrina, sair da grade, crescer academicamente. É isso que eu busco e era isso que eu esperava do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo, não somente um curso que busca me doutrinar, me levar ao caminho dos concursos bem remunerados, mas um curso que me ajude a enxergar e entender a sociedade e os problemas que ela tem, sem essa coisa dogmática que me é apresentada. Acho que deveríamos dar mais valor a professores que se preocupam com o curso, que se preocupam com a nossa formação, é muito fácil chegar na sala de aula e cuspir conteúdo, difícil é fazer o aluno ir além da aula. Esse é só um relato de alguém que busca uma universidade mais pluralista.